CABOS DE FORÇA TRANSPARENT OPUS POWER CORD E OPUS POWER SOURCE

REVISTA ÁUDIO E VÍDEO MAGAZINE – Fernando Andrette

Tivemos a oportunidade por duas semanas de escutar dois cabos de força da geração Opus da Transparent Cable. A linha PowerLinK MM2 durante quase uma década foi a geração top dos cabos de força deste fabricante. E, segundo relatos da imprensa internacional, a linha Opus teve o seu desenvolvimento guardado em segredo por quase três anos antes de ser apresentado ao mercado no final de 2015. Segundo o gerente de projetos e operações da empresa, Josh Clark, tudo na geração batizada de G5 possui avanços tecnológicos como maior controle de ressonâncias e um novo desenho geométrico de fios de cobre OFHC uniformemente separados por enchimentos silenciosos e eletricamente neutros.

Visualmente é fácil detectar as modificações em relação à linha MM2 pelo diâmetro dos cabos, o novo netwoork mais leve e aparentemente mais rígido e pelos novos conectores com um contato muito mais firme e preciso que os do MM2. Foram enviados para avaliação dois modelos um de 10A (Opus Power Source) para ser utilizado em componentes digitais ou prés amplificadores e um de 15A (Opus Power Cord) para amplificadores, condicionadores, etc. O fabricante também disponibiliza terminais opcionais para 20A, e o comprimento padrão é de 1,8 metros.

Como vieram inteiramente queimados, nosso trabalho foi apenas de mantê-los amaciando por 24 horas, para eliminação do stress mecânico. Como estávamos no meio das avaliações das caixas Revel Salon 2 (leia teste 1 nesta edição), achamos conveniente apenas substituir dois dos nossos cabos MM2 pelos Opus e ver o que ocorria. Não gosto nunca de substituir dois componentes no mesmo instante, então à escolha recaiu em ouvir primeiro o de 10A ligado no DAC dCS Scarlatti. Diria que as primeiras impressões foram positivas mas, no entanto, sutis. Estávamos escutando diversos discos de solos de piano do Nelson Freire, e o som, de uma maneira geral, ganhou mais corpo e uma riqueza e definição no ataque das notas e na sua sustentação. As texturas também ganharam em graciosidade e leveza, principalmente nas duas ultimas oitavas da mão direita com uma apresentação mais nítida do feltro do martelo. E nos fortíssimos esse ‘aveludamento’ se mostrou muito bem vindo, tanto em conforto auditivo, quanto em precisão de ataque e decaimento.

Ouvimos por três dias o Opus Power Source 10A no DAC dCS Scarlatti e depois voltamos o MM2 e levamos o Opus para o nosso pré de linha. No Dan D’Agostino as diferenças foram maiores do que no DAC: maior silêncio de fundo que resultou em nítida melhora na inteligibilidade da micro-dinâmica e uma apresentação de texturas ainda mais precisas. As vozes ganharam em precisão, ataque, decaimento e silêncio de fundo, permitindo observar e escutar inúmeros detalhes de boca, respiração antes muito mais sutis.

Para não nos confundirmos, já que o tempo corria desfavoravelmente para nós. Retiramos o 10A e passamos a escutar o 15A, ligado primeiramente no H30 da Hegel e, nos últimos dois dias da avaliação, no amplificador integrado da Luxman (leia teste 2 nesta edição).

As diferenças entre o MM2 e o Opus de 15A não foram nada sutis em ambos os amplificadores. O ganho em dinâmica, transientes e silêncio de fundo foi muito consistente. A energia que o sistema ganhou e o deslocamento de ar em diversas gravações como órgão de tubo, bateria, percussão e solo de piano, foram muito significativas. Em termos de equilíbrio tonal e texturas, as diferenças não foram tão importantes, no entanto nos quesitos acima mencionados e em algumas gravações especificas como a Abertura 1812 de Tchaikovsky, o salto em macro-dinâmica foi literalmente impactante!

Faltava colocar os dois Opus em funcionamento, juntos, para ver que resultado obteríamos. A dúvida foi aonde inserir o 10A: no DAC ou no pré de linha? Como tínhamos ainda quatro dias, resolvi ouvir o 10A primeiro no DAC, em que as diferenças não tinham sido gritantes, e depois no pré, em que as diferenças foram muito mais explicitas. Com os dois Opus achei que as diferenças no DAC se ampliaram, com uma melhora também no foco, recorte e planos. Mas se tivesse que escolher entre o DAC e o pré, não perderia meu tempo: colocaria o 15A no Power e o 10A no pré de linha. O sistema ganhou em folga nas passagens mais complexas, uma inteligibilidade ainda melhor e uma macro dinâmica imprescindível para se ouvir música sinfônica! Tudo regado a um conforto auditivo estupendo!

CONCLUSÃO

É sempre uma decisão muito difícil escolher o set ideal de cabos para um sistema Estado da Arte. Primeiro pelo valor desses cabos e segundo pela sinergia, gosto pessoal e compatibilidade com o sistema. Minha experiência com cabos da Transparent Cables é que seu grau de compatibilidade é alto, mas não é uma unanimidade (nunca será). Conheço uma legião muito seleta de leitores que possuem sistemas Estado da Arte impecavelmente ajustados, mas que como seus próprios donos dizem: “pode ainda sofrer algum ajuste pontual”.
Para este seleto grupo eu recomendo sim uma audição dos Opus Power Cord, pois seus benefícios são muito bem vindos, para todos que enaltecem e buscam zero de fadiga auditiva em seus sistemas. E o Opus Power Cord sinaliza integralmente nesta direção.

CABOS DE FORÇA TRANSPARENT OPUS POWER CORD E OPUS POWER SOURCE

Equilíbrio Tonal 12,0
Soundstage 12,0
Textura 13,0
Transientes 13,0
Dinâmica 13,0
Corpo Harmônico 12,0
Organicidade 13,0
Musicalidade 13,0
Total 101,0

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